Meu nome é Paiva: P-A-I-V-A.
Paiva,
respondo, como não entendem soletro: P-A-I-V-A, mas acaba que, no final, ainda
me chamam de Pádua, Paulo ou coisa parecida. Essa história de soletrar o nome quando
o outro não entende aprendi com o amigo Higo Lima. Ele quem inventou essa
tática.
Higo:
H-I-G-O. Ele atende ao telefone já dizendo o nome e soletrando em seguida para
assim manter a identidade intacta.
Um tempo
que morei em Natal, passaram a me chamar de Neto. Tentei que me chamassem do
primeiro nome: José, mas como me chamo José de Paiva, automaticamente ligam o
meu nome com o do presidente da LBV. Um dia fui surpreendido quando alguém me
chamou de Neto. Achei interessante e até gostei, pois pareceu-me mais fácil de
me chamarem.
Por causa
dessa dificuldade virei Jotta. É que ao insistir com o José, acabei no costume
da redução. Há essa mania de transformar todo José em Zé, daí para Zezinho é um
cabimento. Quando ainda era apresentador de programa de rádio, uma mulher ligou
e me chamou de J. Como grande parte dos apresentadores de rádio são chamados de
J, assim eu também me tornei um, mas como não gostava, resolvi enfeitar. Criei
um e-mail como “jottapaiva” e com esse nome me identifiquei por longos cinco
anos.
Depois que
saí do rádio comecei a separação. Então passei a assinar minhas matérias com o
nome completo: José de Paiva Rebouças e insistir que me chamem de Paiva,
somente Paiva, nome e sobrenome em um nome só. Porém, preciso soletrar se não
viro Pádua, Paulo, Wagner, Dalton, Saulo, Edilson, qualquer nome que não é o
meu, mas poderia. Um dia me chamaram de Jorge, daí fiquei pensando: por que
não?
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